A Inteligência Artificial Generativa (GenAI) será um pilar essencial para a competitividade do sector bancário angolano nos próximos anos, defendeu José Barata, presidente da Deloitte Angola, durante a abertura da 19.ª edição do estudo Banca em Análise, realizada nesta terça-feira, em Luanda.

No seu discurso, Barata sublinhou a urgência de os bancos angolanos intensificarem a transformação digital para responderem às demandas de um mercado financeiro em rápida evolução. “Melhorar a qualidade dos dados, ampliar a inclusão financeira, aumentar a bancarização da população e elevar o padrão dos serviços oferecidos são prioridades inadiáveis”, destacou.

Segundo o presidente da Deloitte, a GenAI não é apenas uma ferramenta opcional, mas uma necessidade estratégica. “Os bancos que não investirem em inovação tecnológica, como a GenAI, correm o risco de perder competitividade num mercado cada vez mais dinâmico e exigente”, alertou, enfatizando que a tecnologia pode trazer maior eficiência, segurança e inovação aos serviços financeiros.

O estudo Banca em Análise revelou que, em 2024, o sector bancário angolano registou um crescimento de 2% no volume de crédito concedido aos clientes, um avanço impulsionado por políticas monetárias do Banco Nacional de Angola (BNA). Contudo, Barata frisou que os desafios futuros exigem investimentos robustos em tecnologia, capacitação de recursos humanos e melhoria contínua da qualidade dos serviços.

A adopção de soluções baseadas em GenAI pode, por exemplo, optimizar processos internos, personalizar a oferta de produtos financeiros e reforçar a segurança contra fraudes, apontou o especialista. No entanto, o sucesso dessas iniciativas dependerá da capacidade dos bancos de alinharem inovação com as necessidades específicas do mercado angolano.

Fonte: Economia & Mercado

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