O Banco Angolano de Investimentos (BAI), a maior instituição financeira do país em termos de activos, apresentou resultados excepcionais no segundo trimestre de 2025, com um crescimento impressionante de 277,53% no resultado líquido comparativamente ao mesmo período do ano anterior.

A instituição liderada por Luís Filipe Rodrigues Lélis, Presidente da Comissão Executiva, alcançou um lucro líquido de 189 mil milhões de kwanzas (207,63 milhões de dólares americanos) entre Abril e Junho, representando mais do que o triplo dos 50 mil milhões de kwanzas (58,75 milhões USD) registados no segundo trimestre de 2024.

Crescimento sólido dos activos

Os activos totais do BAI registaram um incremento de 11,24%, fixando-se em 4,92 biliões de kwanzas (5,4 mil milhões USD), contra os 4,4 biliões de kwanzas (5,2 mil milhões USD) do período homólogo anterior. Este crescimento foi impulsionado principalmente pela expansão da carteira de Títulos e Valores Mobiliários, que passou a representar 40,76% do total dos activos, um aumento de 10,44 pontos percentuais face a 2024.

A concessão de crédito aos clientes teve um desempenho notável, avaliada em 938 mil milhões de kwanzas (1 mil milhão USD), correspondendo a um crescimento de 68,22% comparativamente aos 556 mil milhões de kwanzas (653 milhões USD) do segundo trimestre do ano passado.

Investimentos e estrutura financeira

Os investimentos em títulos e valores mobiliários, historicamente o segmento mais significativo da estrutura de activos do banco, registaram um crescimento mais moderado de 24,86%. O volume aplicado passou de 1,6 biliões de kwanzas (1,9 mil milhões USD) para 2 biliões de kwanzas (2,2 mil milhões USD).

No que se refere ao passivo, utilizado para financiar as operações bancárias, este passou de 3,8 biliões de kwanzas (4,5 mil milhões USD) para 4 biliões de kwanzas (4,4 mil milhões USD) no final do período em análise.

Os recursos de clientes e outros empréstimos, que representam 93,92% do passivo total, tiveram um aumento de 4,88%, fixando-se em 3,8 biliões de kwanzas (4,2 mil milhões USD), comparativamente aos anteriores 3,7 biliões de kwanzas (4,3 mil milhões USD).

Um indicador positivo foi a diminuição de 33,20% nas provisões, que saíram de 43 mil milhões de kwanzas (50,1 milhões USD) para 28,9 mil milhões de kwanzas (31,8 milhões USD). As provisões referem-se aos valores estimados como necessários para cobrir possíveis perdas ou despesas futuras.

Os fundos próprios, representando o capital dos accionistas disponível para a empresa, cresceram 15,44% em termos homólogos, atingindo 649 mil milhões de kwanzas (711 milhões USD).

Fonte: O Telegrama

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