A Deloitte lançou a 12.ª edição do PACT Fund, programa global que oferece financiamento e mentoria a organizações sociais em Angola, Moçambique e Portugal, com o objetivo ambicioso de impactar 100 milhões de pessoas até 2030. Até 3 de novembro, entidades sem fins lucrativos angolanas podem submeter propostas nas áreas de ensino, empregabilidade, empreendedorismo e educação ambiental, buscando soluções inovadoras para desafios locais.
Desde seu início, o PACT Fund já apoiou 69 projetos e beneficiou mais de 147 mil pessoas, mobilizando 315 mentores da Deloitte em 11 anos. Em Angola, onde o desemprego jovem e a falta de acesso à educação de qualidade persistem como desafios críticos, a iniciativa surge como uma oportunidade para fortalecer iniciativas com potencial de escala e sustentabilidade.
“O verdadeiro valor do PACT Fund está na transformação prática que gera no terreno”, destacou Afonso Arnaldo, Partner da Deloitte e líder de Responsabilidade Corporativa para a região. “Nossos mentores não apenas financiam, mas caminham lado a lado com as organizações, garantindo que cada projeto tenha viabilidade e impacto duradouro. Em tempos de crises, é essencial que as respostas sociais sejam precisas e eficazes.”
Como Participar?
As organizações interessadas devem inscrever-se até a data-limite no site oficial do programa. Após análise preliminar pelo comité da Deloitte composto por especialistas em sustentabilidade, educação e desenvolvimento econômico, os projetos selecionados avançam para uma apresentação presencial ao júri em dezembro, onde detalharão sua relevância e potencial de escala. Critérios como inovação, viabilidade e alcance social serão decisivos na escolha dos contemplados.
Num contexto em que 40% da população angolana tem menos de 15 anos (dados do INE, 2022), investimentos em educação e empregabilidade são urgentes. Projetos como o Formação Jovem para o Futuro, apoiado em edições anteriores, já demonstraram resultados concretos: em Moçambique, por exemplo, capacitou mais de 5 mil jovens em habilidades digitais e gestão agrícola.
A Deloitte reforça seu compromisso com a autonomia local, evitando a “ajuda assistencialista”. “Buscamos parcerias que empoderem comunidades, não que as dependentem”, explicou Arnaldo, sublinhando a importância de modelos replicáveis em outros contextos africanos.
Fonte: Jornal Económico