O Presidente da República, João Lourenço, afirmou esta sexta-feira, no município da Matala, Huíla, que a transportação e a distribuição de energia eléctrica devem ser a “prioridade das prioridades” do sector, tendo em conta o desenvolvimento sustentável de Angola e o bem-estar dos cidadãos.

De acordo com o Chefe de Estado, em declarações à imprensa depois de inaugurar o Aproveitamento Hidroeléctrico da Matala, esta prioridade advém do facto de apenas dez, das 18 províncias do país, estarem interligadas à rede nacional.

Sem descurar a produção, vertente em que o país já autossuficiente, João Lourenço aventou a possibilidade, num futuro próximo, de se exportar energia para a República Democrática do Congo e Zâmbia, bem como injectar electricidade à rede da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a partir de Ruacaná (Cuando-Cubango).

Por outro lado, João Lourenço lembrou que das duas grandes bacias do país, a principal é a do Cuanza onde já existem três grandes barragens, nomeadamente de Kapanda, Laúca e Cambambe que beneficiou recentemente de obras de restauro.

Está, disse, neste momento, na mesma bacia, em fase de construção a barragem de Caculo- Cabaça que será a maior de todas no país, com dois mil 171 megawatts.

Avançou que no mesmo local estão previstas a construção de três novos aproveitamentos hidroeléctricos, designadamente Zenzo (mil megawatts), Túmulo do Caçador (500 megawatts) e Baynes (300 megawatts).

Disse que com os futuros empreendimentos combinados com os que já produzem vão ultrapassar os sete mil megawatts, na bacia do Cuanza, a ser injectados paulatinamente na rede nacional de energia.

João Lourenço inaugurou esta sexta-feira, na província da Huíla, o Aproveitamento Hidroeléctrico da Matala, onde o Executivo angolano investiu 106 milhões, 940 mil, 676, 12 Euros em equipamentos.

O aumento da sua produção em 13,6 MW será possibilitado com a entrada em funcionamento da terceira turbina, e vai mitigar o défice registado nos últimos anos e melhorar o atendimento dos serviços de distribuição de energia eléctrica às comunidades ligadas ao sistema interligado sul.

O empreendimento vai também possibilitar a redução do custo de operação das centrais térmicas, mediante a diminuição do consumo de combustível fóssil e garantir a continuidade da produção de energia eléctrica nos próximos 20 anos ou mais.

A Matala é uma vila e sede do município com o mesmo nome. Tem uma população estimada em 355 mil 456 habitantes. Angop

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