De acordo com o porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional, superintendente-chefe António Hossi, o capotamento de uma motorizada de três rodas nas proximidades da ponte sobre o Rio Cuito, que causou a morte imediata de uma bebé, levou a população a tentar prestar os primeiros socorros. Porém, um camião desgovernado, vindo da direcção contrária, acabou por atropelar dezenas de pessoas no local.
O camião atropelou 38 pessoas, das quais dez tiveram morte imediata e outras duas acabaram por falecer no hospital Walter Strangway, onde tinham sido levadas. “A maior parte das vítimas era residente no bairro Cangote, que ao procurarem socorrer as pessoas acidentadas numa motorizada de três rodas, acabaram por ser vítimas do camião desgovernado, facto que originou a morte de 12 pessoas e o ferimento grave de mais 26”, disse o porta-voz da Polícia no Bié.
O soba do bairro Cayundo, Adelino Chipenhe, disse que não é a primeira vez que acontecem acidentes de viação do género, atribuindo as culpas à falta de prudência dos automobilistas e motociclistas e ao mau estado da via.
“A regedoria sente-se muito triste e preocupada com a situação. É uma via bastante perigosa. Por isso solicitamos a manutenção da via, como forma de prevenir que situações do género voltem a ocorrer”, pediu o soba.
Alberto Chitangueleca, uma das pessoas que sobreviveu ao acidente, disse que estava a socorrer, junto com um agente regulador trânsito, as vítimas do capotamento, quando foram surpreendidos pelo camião, que realizou uma ultrapassagem mal calculada, perdeu o controlo da viatura e acabou por atropelar as pessoas. Jornal de Angola