O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, disse, no debate sobre “O Censo Geral 2024 e o seu impacto na eficácia da Governação”, que estão garantidas todas as condições de asseguramento para a sua realização e apelou à colaboração de todos os cidadãos para a sua participação efectiva.

Na qualidade de coordenador da Comissão Multissectorial, criada pelo Executivo com a missão de conceber os pressupostos e condições logísticas, técnicas e materiais para apoiar o INE, Francisco Furtado esclareceu, aos presentes, que, acima de tudo, participar do Censo, além de ser um direito, é um dever de cidadania.
Por isso, apelou a todos, envolvidos num espírito de cumprimento do dever e da responsabilidade como patriotas, a darem o seu máximo para que o processo decorra da melhor forma possível.

“Durante a fase preparatória, já no Censo Piloto tivemos a apreciação de que havia pessoas a passarem uma mensagem negativa relativamente sobre o que é o Censo. E o que nós devemos dizer é que não se pode confundir esta tarefa do cidadão colaborar com os recenseadores com uma qualquer outra actividade de natureza política ou de outra índole como muitas pessoas foram passando”, esclareceu.

“O que interessa ao Executivo é saber quantos somos, quem somos, onde estamos, o que fazemos e como vivemos. Este é um aspecto fundamental que o cidadão deve levar em conta, de que não se está a fazer um levantamento para outros fins”, assegurou.

Quanto às condições de asseguramento do Censo 2024, apontou que estão garantidas desde o emprego dos efectivos de segurança, compensada com o movimento das unidades militares que estão distribuídas em todo o território nacional, bem como o engajamento dos meios técnicos, nomeadamente os transportes, como viaturas para as áreas de difícil acesso, que vão dar todo o apoio por terem meios mais adequados.

Para continuar a dar o apoio necessário ao INE, para o sucesso da operaçãodo dia 19 deste mês, Francisco Furtado informou que a Comissão Multissectorial decidiu criar uma “task force”, a que chamou “posto de comando do Censo”, que a partir do dia 18 vai estar no INE, de modo a acompanhar directamente e em tempo real o desenvolvimento do processo.

Dificuldades ultrapassadas

Sobre a questão de alguns recenseadores, formandos, passarem dificuldades, Francisco Furtado, que reconheceu o facto, explicou que tal se deveu ao facto do INE, com o objectivo de fazer a formação final, realizou uma maior concentração de formandos numa determinada área, o que fez com que houvesse um atraso na execução financeira para o asseguramento das necessidades.

Francisco Furtado destacou um engajamento profundo do INE e do grupo técnico criado pela Comissão Multissectorial e das respectivas comissões provinciais, no decurso das várias etapas preparatórias deste Censo, bem como o programa de comunicação e marketing, com peças que incentivam a população a participar do Censo, o que de facto tem facilitado todo o trabalho que a Comissão Multissectorial tem desenvolvido em prol da garantia do trabalho efectivo pelo INE.

Fez saber que a Comissão realizou até ao dia 10 um total de 22 reuniões e que a mesma tem estado a acompanhar permanentemente o desenvolvimento de todas as jornadas e etapas que o INE programou, prestando todo o apoio para que possa cumprir eficazmente o seu papel e a missão incumbida.

A nível da Comissão Multissectorial, disse que existe também um engajamento muito forte dos diferentes sectores e dos diferentes departamentos, destacando o papel desempenhado pelas Forças Armadas Angolanas (FAA), particularmente a Força Aérea Nacional e o Exército, no apoio à realização deste evento.  “É lógico que o Censo Geral da População e Habitação vai criar condições para que o Executivo tenha as informações necessárias e todos os dados relativos à realidade do país, do ponto de vista da sua composição demográfica, as condições de acessibilidade, as infra-estruturas, as vias de acesso”, sublinhou.

Segurança a todos os níveis para os recenseadores

O responsável da Direcção de Segurança Pública e Operações da Polícia Nacional, comissário Orlando Bernardo, destacou o Plano Estratégico de Asseguramento que está a ser executado desde o Censo Piloto, e vai abranger todos os efectivos da corporação, em todo o país.

Orlando Bernardo, que respondia a questões relacionadas com a segurança, particularmente dos agentes recenseadores em bairros como o Paraíso, com as suas especificidades, garantiu que mais de 16 mil efectivos vão estar directamente ligados aos agentes, a todos os seus movimentos, assim como da distribuição da logística, da realização do Censo como tal, até na questão da logística inversa quando terminar o Censo.

O comissário frisou que, neste momento, o asseguramento está a 50 por cento, mas que a partir do dia 18 as forças vão ser elevadas aos níveis de prontidão para 100 por cento, não só para o Censo, mas também para a segurança pública.

“Ao mesmo nível que foi feito o planeamento para a realização do Censo Geral, também há um planeamento operacional meticulosamente levado a cabo pelas forças de Defesa e Segurança para que essa operação decorra com toda a segurança que todos desejamos”, esclareceu Orlando Bernardo. Jornal de Angola

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