O Banco Yetu anunciou uma profunda reestruturação na sua governação, com a destituição de altos gestores, incluindo o presidente da Comissão Executiva, João da Costa Ferreira, e o presidente do Conselho de Administração, Abrahão Pio dos Santos Gourgel. A remodelação, comunicada pela instituição, ocorre na sequência de um processo de contravenção iniciado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), que acusou ex-dirigentes de práticas como venda ilegal de divisas, violação do código de conduta dos mercados interbancários e manipulação de preços.
Azenaida Valentim Chimuco é a única administradora sobrevivente da Comissão Executiva, cujo mandato começou em Abril de 2024. Paulo Jorge da Cunha Fontes, que ocupava interinamente a presidência da Comissão Executiva desde Novembro, foi confirmado no cargo. Osvaldo da Silva Domingos, vogal do conselho fiscal e presidente do conselho fiscal da Fundação Piedoso, integra agora a Comissão Executiva, reduzida de cinco para três membros. Filipe Fernandes de Berardi e Agostinho Pires Filipe foram afastados.
No Conselho de Administração, Teresa Evaristo Pascoal, ex-directora do departamento de inclusão financeira do BNA, assume a presidência, substituindo Gourgel. Rui Mangueira, ex-ministro da Justiça e administrador independente, também foi destituído. O conselho fiscal mantém a Audiconta na presidência, com Domingos Kinsony Mbala e Eugénio Filho de Almeida como vogais.
O Comité de Remuneração passa a ser liderado por Damião dos Santos, com Odete Vanda Armando como vogal.O Banco Yetu, detido em 75% por Elias Pieodoso Chimuco, justificou as mudanças como parte do “reforço das boas práticas de governação e gestão”, sem detalhar as acusações do BNA. A instituição, considerada de importância não sistémica, não avançou mais informações sobre o processo.