Entre os 19 bancos angolanos que divulgaram os relatórios e contas de 2024, o Banco Sol destacou-se como a instituição com o maior número de reservas apontadas pelo auditor externo, totalizando 11. A informação consta nos relatórios financeiros analisados, que revelam ainda o Banco Económico com 10 reservas e o Banco de Poupança e Crédito (BPC) com quatro.
Após a troca de auditor externo, passando da Crowe (2023) para a EY (2024), o Banco Sol viu o número de reservas às suas contas de balanço aumentar significativamente. As principais questões levantadas estão relacionadas com a gestão de crédito, reavaliação de imóveis, investimentos em filiais e deficiências nos procedimentos de controlo interno para conciliação de saldos activos e passivos.
De acordo com o relatório da EY, a carteira de crédito patrimonial e as responsabilidades extrapatrimoniais do Banco Sol, incluindo créditos documentados, garantias e avales, atingem 131,4 mil milhões de kwanzas e 6,8 mil milhões de kwanzas, respetivamente. Contudo, o auditor aponta limitações na revisão e apuramento de perdas por imparidade, tanto individual como colectiva, devido à insuficiência de informações sobre os parâmetros de risco utilizados.
“Não foi possível obter informações suficientes e apropriadas sobre os parâmetros de risco considerados na estimativa das perdas por imparidades em 31 de Dezembro de 2024”, refere o relatório, destacando que a ausência de dados impede conclusões definitivas sobre o impacto nas provisões e nas perdas acumuladas por imparidade de créditos e outras contas a receber. Expansão
