Angola deu um passo decisivo na luta contra o cancro do colo do útero com o lançamento da Campanha Nacional de Vacinação, uma iniciativa que visa proteger as meninas entre os 9 e os 12 anos. A campanha, anunciada pela Primeira-Dama Ana Dias Lourenço, está alinhada com a para eliminar o cancro do colo do útero como problema de saúde pública até 2050.

“A vacinação é uma chave para o futuro”, afirmou Ana Dias Lourenço durante o lançamento da campanha, em Luanda. A Primeira-Dama destacou que, a partir de Janeiro de 2026, a vacina contra o cancro do colo do útero passará a integrar o Plano Nacional de Vacinação de Rotina para meninas de 9 anos. “Esta campanha é um investimento no futuro de Angola”, sublinhou, reforçando que a iniciativa é um compromisso com a vida, a dignidade e a esperança do país, especialmente neste ano em que se celebra o 50.º aniversário da independência nacional.

Uma campanha para todas as meninas

A campanha, que decorre de 27 de Outubro a 7 de Novembro de 2025, abrange inicialmente meninas entre os 9 e os 12 anos, inseridas no sistema escolar público, público-privado e privado. Posteriormente, meninas fora do sistema de ensino serão vacinadas por , garantindo que nenhuma criança fique de fora.

Ana Dias Lourenço lembrou que , o que torna a saúde deste grupo demográfico um investimento crucial para o desenvolvimento económico e social do país. “Garantir uma saúde sólida e sustentável é garantir um futuro próspero”, afirmou.

Dados alarmantes e a urgência da prevenção

Em 2024, foram tratados 235 casos de cancro do colo do útero em Angola, mas a incidência real é provavelmente muito superior devido a limitações de diagnóstico. Segundo estimativas da OMS, mais de 2.000 mulheres adoecem anualmente com esta doença no país, e mais de metade perde a vida. O cancro do colo do útero ocupa consistentemente o segundo lugar entre as neoplasias malignas mais diagnosticadas em Angola nos últimos cinco anos, de acordo com o .

A Primeira-Dama, que é embaixadora da campanha, destacou que Angola aguardou 16 anos para concretizar esta iniciativa, devido a desafios como a , a elevada procura global e os custos elevados, que tornavam a aquisição inviável para países de baixo e médio rendimento. Além disso, a vacina exige uma do que outras vacinas.

Um apelo à mobilização colectiva

Ana Dias Lourenço apelou à participação activa de , para que a campanha seja um sucesso. “As mulheres angolanas são guardiãs da saúde nas famílias”, afirmou, destacando o papel fundamental das organizações femininas, tanto nas cidades como nas zonas rurais, para mobilizar e sensibilizar as famílias sobre a importância da vacina.

O representante da OMS em Angola, Indrajit Hazarika, elogiou o compromisso do país com a saúde da mulher e reforçou que a vacinação é um passo histórico para garantir que o cancro do colo do útero não seja uma sentença de morte para as raparigas angolanas. “É imperativo mobilizar e envolver as comunidades”, alertou, apelando a todos os sectores da sociedade para se tornarem protagonistas desta missão colectiva.

Parcerias internacionais e apoio institucional

A campanha conta com o apoio de organizações internacionais, como o , além do envolvimento directo da Primeira-Dama. O acto de lançamento contou ainda com a presença das ministras da Saúde, Sílvia Lutucuta, e da Educação, Luísa Grilo, bem como de representantes da sociedade civil.

Um futuro mais saudável para Angola

A Campanha Nacional de Vacinação contra o Cancro do Colo do Útero representa não só um avanço na saúde pública, mas também um compromisso com as gerações futuras. Ao vacinar as meninas, Angola está a construir um futuro onde o cancro do colo do útero possa ser prevenido e eliminado, garantindo que as famílias prosperem e o país se fortaleça.

“Esta é uma missão de todos”, reforçou Ana Dias Lourenço, convidando todos os angolanos a abraçarem esta causa e a tornarem-se agentes de mudança na luta por uma Angola mais saudável.

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