Angola necessita de cerca de 68 mil professores para preencher as lacunas existentes no sistema educacional e dinamizar o sector, essencial para o desenvolvimento social e económico do país.
A informação foi avançada por Soraya Kalongela, directora nacional da Educação Pré-escolar e Ensino Primário, durante a abertura do ano lectivo 2024- 2025.
De acordo com a responsável, apesar dos esforços feitos nos últimos anos, o défice de professores continua a ser um desafio significativo. “O país precisa de quadros cada vez mais qualificados para responder à crescente demanda”, destacou Soraya Kalongela, sublinhando que o número de profissionais no sector, embora em crescimento, ainda não é suficiente.
Entre 2021 e 2022, o Ministério da Educação admitiu cerca de 15 mil professores através de concurso público, numa tentativa de mitigar a escassez de docentes.
Mais recentemente, entre 2023 e 2024, foram admitidos outros 8.653 professores e agentes da educação, distribuídos pelos vários subsistemas de ensino.
Actualmente, o sector conta com aproximadamente 216 mil profissionais, incluindo docentes e outros agentes. Além da carência de professores, Kalongela destacou a necessidade urgente de novas infraestruturas escolares. Para o ano lectivo de 2024-2025, estão previstas apenas 76 novas escolas, um número considerado insuficiente para acolher tanto os novos docentes como os milhares de alunos que ainda estão fora do sistema de ensino.
A directora, que também é mestre em Administração e Gestão Educacional, referiu que o aumento do número de professores deve ser acompanhado por uma expansão significativa no número de salas deaula, de forma a garantir um ensino de qualidade e mais inclusivo. Imparcial Press