Governante diz que USAID manifestou intenção de participar no estudo para extensão do Corredor do Lobito, mas o seu desmantelamento não coloca em causa andamento do projecto.

O ministro dos Transportes, Ricardo D’Abreu, afirmou que o Corredor do Lobito tem um concessionário que está a fazer investimentos através dos seus accionistas, esclarecendo que o andamento do projecto não depende apenas de financiamentos norte-americanos.

“O financiamento ao Corredor do Lobito não depende exclusivamente dos Estados Unidos da América. Portanto, o que o Presidente Trump fez foi colocar em stand-by um conjunto de acções que viam sendo desenvolvidas por agências de ajuda americana, em particular a USAID, mas que não têm nada a ver, em particular, com o Corredor do Lobito”, explicou.

Ricardo D’Abreu observou que a Lobito Atlantic Railway tem feito os seus investimentos por via do capital dos seus accionistas, “mas, obviamente, que o financiamento, depois, para cobrir todas as responsabilidades dos investimentos, será financiamento por uma instituição de desenvolvimento americana, que é o DFC”.

O titular dos Transportes disse que o Development Finance Corporation tem estado a trabalhar com o Executivo angolano, e que “não há nenhum indícios” de que este quadro de cooperação “esteja suspenso, como as notícias que circularam”.

Em relação à suspensão das actividades da USAID pela administração Trump, Ricardo D’Abreu explicou que a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional manifestou a intenção de participar no estudo para a extensão do Corredor do Lobito até à Zâmbia, mas assegurou que esta suspensão não coloca em causa o andamento do projecto.

“A USAID, sim, comparticipou, ou intencionava comparticipar, do trabalho dos estudos para a extensão do Corredor do Lobito para a Zâmbia, num montante de 250 mil dólares, mas que isso não põe em causa, de forma nenhuma, aquilo que tem sido o andamento do projecto, que está a ser desenvolvido pelo African Finance Corporation em toda a sua dimensão”, asseverou.

Declarou que, ainda recentemente, no âmbito desta cooperação, o seu pelouro continuou a fazer os trabalhos preparatórios para que, no início de 2026, se possa ter “condição de lançar a primeira pedra desse projecto”. E&M

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