As denúncias são recorrentes, mas as instituições de defesa dos direitos dos cidadãos ignoram completamente o que se passa no Centro de Vistos onde cidadãos passam sucessivas noites ao relento para conseguirem uma senha de marcação e muitas vezes são ultrapassados por outros que pagam para ter acesso imediato ao lugar.
Ao Diário dos Negócios, cidadãos revoltados com a situação denunciaram que as senhas chegam a custar mais de 20 mil kwanzas, um cambalacho dos funcionários da empresa VSF Global, responsável pelo referido centro.
É corrupção ao vivo, disse um dos cidadãos que há três dias enfrenta fila para conseguir uma senha e acusa a direcção da empresa responsável pelo centro de vistos de falta de humanismo porque além do sol, altas temperaturas, as necessidades essenciais são feitas ao relento, bem próximo do lugar onde aguardam em fila indiana a entrada para o centro.
As pessoas que ali passam perguntam sempre se tem manifestação por causa da quantidade de pessoas que ali fica no passeio, relatou, acrescentando que é muito grande o número de pessoas que passa dias e noites só para conseguir uma senha e dar entrada ao pedido de emissão de visto.
A VFS Global é a empresa responsável pela atribuição de vistos para países como Brasil, Portugal, Bélgica, África dos Sul e outros.