Há 25 anos, as primeiras páginas dos jornais norte-americanos denunciavam um escândalo que marcaria a história do país: Bill Clinton era investigado por ter um “caso” com uma estagiária na Casa Branca, em Washington.

A polémica, que desencadeou um julgamento político contra Clinton no Congresso norte-americano, mudou a vida de Monica Lewinsky, a jovem de 22 anos com quem o ex-chefe de Estado teve um relacionamento e que se tornou o centro das atenções da imprensa.

No 25.º aniversário desde que o caso veio à tona, Lewinsky, que se tornou uma activista contra o assédio, reflete numa coluna da revista Vanity Fair sobre as alterações na sociedade norte-americana desde que o seu nome ficou conhecido.

O movimento Me Too levou a sociedade norte-americana a lançar um olhar revisionista sobre o escândalo, desta vez com foco no ex-Presidente, que ocupava um cargo de poder sobre a sua estagiária.

Na coluna, publicada na quarta-feira, Lewinsky lamenta o poder das redes sociais, lembrando que elas têm um efeito “mais devastador” na vida ou na reputação de pessoas que estão sob os olhos do público e estão envolvidas em escândalos.

A então jovem de 21 anos disse a Tripp, sua colega no Pentágono, para onde foi transferida após ter sido estagiária na Casa Branca, sobre a sua relação com o ex-Presidente democrata.

Tripp também sugeriu que Lewinsky guardasse e não mandasse lavar um vestido azul, que havia usado numa das suas relações sexuais com Clinton.

Mais tarde na investigação, entregou o famoso vestido à justiça, que usou um exame de sangue do ex-Presidente para verificar se uma das manchas era de seu sémen.

As gravações levaram Starr a decidir investigar a relação da jovem com Clinton.

Meses depois, o procurador norte-americano entregou um relatório ao Congresso, que decidiu abrir um processo de ‘impeachment’ contra o democrata.

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