Quatro comerciantes faziam negócio com água do tanque, enchiam bidões de 20 litros, como se fosse água mineral, e depois vendiam os garrafões na cidade do Lubango, província da Huíla, colocando em risco a saúde dos consumidores.
Os indivíduos ergueram de forma ilegal uma “fábrica”, disfarçada no interior de uma igreja, mas na verdade tratava-se de água retirada de tanques e que não recebia qualquer tratamento.
O Novo Jornal soube nesta sexta-feira do porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC) na Huíla, Segunda Quitumba, que os proprietários do estabelecimento fabricavam igualmente os rótulos que eram colocados nos bidões de água.
O enchimento dos garrafões era feito por meio de um sistema de canalização a partir de dois tanques de água, sendo um subterrâneo e outro de plástico, e depois selavam os bidões que posteriormente eram comercializados.
O SIC tomou conhecimento da situação por intermédio de uma denúncia anónima, que dava conta da existência de uma igreja onde eram desenvolvidas actividades ilícitas e chamava a atenção para as entradas e saídas de pessoas e veículos suspeitos no local.
Os oficiais deslocaram-se à “fábrica” e detiveram de imediato os indivíduos, que foram encaminhados para o juiz de garantia, sob a acusação do crime de adulteração de substâncias alimentares.
Durante a operação foram apreendidos vários meios técnicos que eram usados para esta actividade, bem como grandes quantidades de bidões de água que estavam prestes a ser vendidos. Novo Jornal