A sede da Comissão de Carteira e Ética (CCE), órgão legalmente competente para acreditação dos profissionais de comunicação social, foi assaltada esta madrugada por indivíduos não identificados. Segundo apurou o Novo Jornal, o assalto ocorreu sem sinais de arrombamento, e foi roubada a central de dados deste órgão.

A direção da CCE considera tratar-se de um assalto direcionado, uma vez que vários artigos de valor, como televisores, computadores e outros bens valiosos, permaneceram intactos. Segundo fontes da comissão, além do desaparecimento do computador-chave, que continha toda a base de dados da instituição, os assaltantes levaram mais de 40 mil kwanzas que estavam escondidos num dos processos.

Para além do assalto à base central de dados, que se encontrava na sala da presidente da CCE, todo o processo físico permaneceu organizado e intacto, o que causou surpresa aos funcionários, que prontamente formalizaram queixa junto da Polícia Nacional, no comando municipal do Rangel.

Luísa Rogério, presidente da CCE, considerou estranho que a sede tenha sido assaltada sem sinais de arrombamento e que os assaltantes tenham levado unicamente a base de dados. “Foi levado pelos alegados marginais o coração da CCE com a informação e os dados pessoais e profissionais de todos os jornalistas do País, o que é muito grave”, afirmou, apelando a uma investigação urgente.

Funcionários da comissão confidenciaram que estão a tratar de processos sensíveis relacionados a jornalistas com notoriedade social, inclusive a nível da presidência.

Segundo a presidente da CCE, esta é a segunda vez que a comissão é assaltada sem sinais de arrombamento. A primeira ocorreu em maio de 2024, quando apenas foi roubado um computador e uma máquina fotográfica. Das investigações policiais, nada resultou.

Vale lembrar que em 2022, a sede do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), em Luanda, foi também alvo de dois assaltos em menos de duas semanas. Ainda naquele ano, várias residências de jornalistas foram igualmente assaltadas, tendo sido levados os computadores, situação que levou, em novembro de 2022, o SJA a convocar uma marcha de protesto nas ruas de Luanda. NJ

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