A sede da Comissão de Carteira e Ética (CCE), órgão legalmente competente para acreditação dos profissionais de comunicação social, foi assaltada esta madrugada por indivíduos não identificados. Segundo apurou o Novo Jornal, o assalto ocorreu sem sinais de arrombamento, e foi roubada a central de dados deste órgão.
A direção da CCE considera tratar-se de um assalto direcionado, uma vez que vários artigos de valor, como televisores, computadores e outros bens valiosos, permaneceram intactos. Segundo fontes da comissão, além do desaparecimento do computador-chave, que continha toda a base de dados da instituição, os assaltantes levaram mais de 40 mil kwanzas que estavam escondidos num dos processos.
Para além do assalto à base central de dados, que se encontrava na sala da presidente da CCE, todo o processo físico permaneceu organizado e intacto, o que causou surpresa aos funcionários, que prontamente formalizaram queixa junto da Polícia Nacional, no comando municipal do Rangel.
Luísa Rogério, presidente da CCE, considerou estranho que a sede tenha sido assaltada sem sinais de arrombamento e que os assaltantes tenham levado unicamente a base de dados. “Foi levado pelos alegados marginais o coração da CCE com a informação e os dados pessoais e profissionais de todos os jornalistas do País, o que é muito grave”, afirmou, apelando a uma investigação urgente.
Funcionários da comissão confidenciaram que estão a tratar de processos sensíveis relacionados a jornalistas com notoriedade social, inclusive a nível da presidência.
Segundo a presidente da CCE, esta é a segunda vez que a comissão é assaltada sem sinais de arrombamento. A primeira ocorreu em maio de 2024, quando apenas foi roubado um computador e uma máquina fotográfica. Das investigações policiais, nada resultou.
