Clésio e Clénio Gomes: Quem São?
Clésio Paulo da Silva Duarte Gomes e Clénio Paulo da Silva Duarte Gomes, conhecidos como os “Gêmeos da Clé”, são apontados como principais testas de ferro de seu pai, um empresário angolano que teria acumulado uma fortuna questionável durante o governo de José Eduardo dos Santos. Os dois buscam melhorar sua imagem no cenário empresarial angolano, especialmente através do Grupo Clé.
Fontes confiáveis sugerem que o Grupo Clé tem sido utilizado como veículo para lavagem e branqueamento de dinheiro de origem duvidosa, em conluio com políticos corruptos do governo. Os irmãos Clésio e Clénio Gomes são frequentemente associados a figuras influentes do governo angolano, o que teria facilitado o acesso a contratos públicos e a expansão de seus negócios. Essa ligação com o poder político em Angola tem gerado especulações e controvérsias, especialmente em relação à forma como acumularam uma grande fortuna e influência em um curto período.
Um conhecedor do assunto afirmou categoricamente que “só a música não gera receita suficiente para sustentar o estilo de vida luxuoso e boêmio que levam”, destacando que o mercado musical em Angola não é suficientemente robusto para sustentar tal vida.
Os irmãos gêmeos são filhos do empresário Duarte Gomes, um dos proprietários da falida companhia aérea angolana Air 26, que fez fortuna durante a era de José Eduardo dos Santos. Duarte era responsável por cuidar dos negócios de governantes, como Frederico Cardoso, que ocupou várias posições importantes no governo de JES, incluindo a de Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República.
Duarte Gomes é um empresário que teria feito fortuna em negócios envolvendo “kamangas”, supostamente desviadas. Desde que João Lourenço assumiu o poder e anunciou um combate rigoroso à corrupção, as práticas dos marimbondos têm se tornado mais sofisticadas. Atualmente, as empresas de corruptos investem pesadamente em marketing para criar uma imagem de grandeza que, na prática, não possuem, facilitando assim expedientes de corrupção.
Contraditório
Dada a gravidade das acusações, o grupo foi contactado por meio do sócio Clésio para responder a algumas questões enviadas pelo editor do Diário dos Negócios, em conformidade com o princípio jornalístico do contraditório. No entanto, até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta havia sido enviada à redação.
Infelizmente, esse tipo de postura não é surpreendente em Angola, onde o jornalismo só é valorizado quando se alinha ao culto à personalidade e à propaganda, em detrimento de uma prática jornalística séria e investigativa.