Durante seu discurso na 79ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, o Presidente João Lourenço, fez um apelo veemente pela reforma do Conselho de Segurança da ONU e de instituições financeiras internacionais, destacando a necessidade urgente de dar voz aos países do Sul Global, particularmente da África, América Latina, Médio Oriente e subcontinente indiano.

João Lourenço sublinhou a crescente instabilidade mundial, marcada pela proliferação de conflitos e tensões geopolíticas, o que, segundo o Presidente, coloca em risco a paz, a segurança e o desenvolvimento sustentável globais. Para o presidente angolano, a ONU deve reforçar o seu papel como mediadora global e garantir que o multilateralismo prevaleça como instrumento essencial para a resolução pacífica de conflitos.

O chefe de Estado angolano destacou o papel de Angola na busca pela paz no continente africano, com ênfase nos esforços para solucionar o conflito no leste da República Democrática do Congo (RDC), através do Processo de Luanda. Lourenço revelou que uma proposta de acordo de paz entre a RDC e o Rwanda está em discussão, com vista à realização de uma cimeira para a assinatura de um pacto definitivo.

O Presidente também expressou grande preocupação com a guerra na Ucrânia, alertando para as suas consequências devastadoras sobre a segurança alimentar e energética global. Reiterou que uma solução militar não é viável e pediu uma negociação baseada nos princípios da soberania e integridade territorial dos Estados.

Além disso, Lourenço abordou a escalada de violência no Médio Oriente, apelando à criação de um Estado Palestino como única solução duradoura para o conflito. O Presidente ainda criticou as sanções contra Cuba e Zimbábue, classificando-as como “injustas e desumanas”, e instou a comunidade internacional a apoiar a recuperação de ativos desviados por atos de corrupção, destacando os sucessos de Angola nessa área.

Ao encerrar seu discurso, João Lourenço reiterou o compromisso de Angola com a paz, o desenvolvimento sustentável e a colaboração global, convidando investidores e turistas a descobrirem as oportunidades que o país tem a oferecer, especialmente nas áreas de energia, infraestrutura e comércio internacional.

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