A produção petrolífera de Angola no primeiro trimestre de 2025 totalizou 94,37 milhões de barris, equivalente a uma média diária de 1,048 milhões de barris. Os números reflectem um défice de 50 mil barris/dia face à projecção orçamental para 2024, que estimava 1,060 milhões de barris/dia, e de 77 mil barris/dia em comparação com o mesmo período de 2024, quando a produção atingiu 102,29 milhões de barris, ou 1,125 milhões de barris/dia.
Março foi o mês menos produtivo do trimestre, com uma média diária de 1,037 milhões de barris, contra 1,053 milhões em Janeiro e 1,054 milhões em Fevereiro. Este desempenho está alinhado com as projecções da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), que previa uma redução de 40 mil barris/dia para Angola em 2024, apesar da saída anunciada do país da organização em Dezembro de 2023.
Perspectivas para 2025
Para 2025, o Governo angolano projecta uma produção total de 401 milhões de barris, equivalente a 1,098 milhões de barris/dia, um aumento de 38 mil barris/dia em relação à estimativa do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2024. Contudo, em 2024, a produção efectiva atingiu 411,5 milhões de barris (1,12 milhões de barris/dia), superando as projecções orçamentais em cerca de 60 mil barris/dia.
A OPEP, nos seus relatórios de Março e Abril de 2025, mantém a previsão de declínio na produção angolana, contrastando com o crescimento esperado em países como Estados Unidos, Brasil, Canadá e Noruega. A organização projecta que, para 2025 e 2026, os produtores não-OPEP alcancem uma média de 54,3 milhões de barris/dia, com Angola e México como excepções.
Apesar dos desafios, o Governo mantém-se optimista quanto ao aumento da produção em 2025, apostando em estratégias para mitigar o défice e reforçar a posição de Angola no mercado petrolífero global. VE