O Serviço de Investigação Criminal (SIC) está a ser alvo de graves acusações por alegadamente sonegar o processo-crime relacionado com o furto de computadores portáteis da Direcção de Capital Humano do Banco de Poupança e Crédito (BPC), ocorrido há mais de oito meses.
O caso, registado sob o n.° 9272/24-03, foi instaurado por orientação directa do presidente da Comissão Executiva do BPC, Luzolo de Carvalho, que considerou o desaparecimento dos equipamentos uma ameaça à segurança da informação da instituição, dado o volume de dados sensíveis que podem estar comprometidos.
Segundo relatos internos, o director de Recursos Humanos, Gunther Costa, terá ocultado durante vários dias a ocorrência, só reportando o caso ao PCE do banco após uma denúncia anónima enviada por e- mail. Esta atitude levantou suspeitas sobre o próprio gestor, bem como sobre a sua chefe de departamento, Cleusa Pinto, que estão entre os principais suspeitos no processo. Até ao momento. o SIC ainda não concluiu o relatório final da instrução para remeter o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR), o que tem gerado críticas sobre a condução da investigação.
Uma fonte ligada ao SIC revelou ao Imparcial Press que há pressões internas dentro da instituição para abafar o caso, o que poderia colocar em risco a segurança da informação do BPC e a credibilidade da investigação criminal no país.
O caso levanta preocupações sobre possíveis interferências e a necessidade de maior transparência e celeridade nas investigações, dada a sensibilidade dos dados furtados e o impacto que o caso pode ter na segurança da maior instituição bancária do país. IP