O Standard Bank Angola registou o maior número de reclamações entre as instituições financeiras angolanas no primeiro trimestre de 2025, totalizando 3.936 queixas, segundo dados divulgados pelo Banco Nacional de Angola (BNA). O Banco de Fomento Angola (BFA) e o Banco Angolano de Investimentos (BAI) completam o pódio das instituições com mais insatisfação dos clientes.
Standard Bank concentra 43% das reclamações
A instituição liderada por Luís Teles enfrenta críticas concentradas principalmente em três áreas: o serviço de internet banking, as contas de depósitos à ordem e a realização de transferências. O volume de queixas do Standard Bank representa mais de 42% do total de reclamações registadas no sector durante o período em análise.
BFA e BAI completam trio problemático
O BFA, que recentemente dispersou 29,75% do seu capital na bolsa angolana através da alienação de participações do Banco Português de Investimento (BPI) e da Unitel, acumulou 1.677 reclamações. Os principais problemas reportados pelos clientes estão relacionados com o funcionamento dos terminais de pagamento automático, as contas ordenado e os depósitos à ordem.
Já o BAI, sob a liderança de Luís Lélis, registou 1.196 queixas, maioritariamente concentradas nas contas de depósito, no funcionamento do mobile banking e nas transferências bancárias.
Setor regista melhoria significativa
Apesar dos números elevados das três instituições, o sector bancário angolano apresenta uma evolução positiva. Nos primeiros três meses de 2025, foram recebidas 9.218 reclamações, o que corresponde a uma média de 3.073 por mês – uma redução expressiva de 44,2% em comparação com o período homólogo de 2024, quando tinham sido registadas 16.548 queixas.
A diminuição das reclamações pode indicar melhorias na qualidade dos serviços prestados pelas instituições financeiras ou maior eficiência na resolução de problemas antes da formalização das queixas junto ao regulador.
Serviços digitais em destaque
Os dados revelam que os principais focos de insatisfação estão relacionados com os canais digitais de atendimento, como internet banking e mobile banking, além de questões operacionais como transferências e funcionamento de terminais de pagamento. Esta tendência reflete a crescente digitalização dos serviços financeiros em Angola e a necessidade de as instituições aprimorarem estas plataformas.
Fonte: Jornal PT50