Espera-se que a melhoria do ambiente de negócios impulsionada pelo SIFA desbloqueie investimentos em sectores estratégicos, como energias renováveis.

A União Europeia vai apoiar com 8,5 milhões de euros a implementação do Acordo de Facilitação de Investimento Sustentável Angola-UE (SIFA), assinado no ano passado, anunciou a embaixadora, Rosário Pais, no evento sobre “ESG em Angola – Desafios e oportunidades”, realizado em Luanda.

O apoio financeiro da UE à execução do acordo com Angola, avançou a diplomata no discurso de encerramento, também será aplicado na promoção do comércio interno, reforçando as exportações não petrolíferas.

Ainda em relação aos objectivos do SIFA, Rosário Pais disse que visa, igualmente, tornar o ambiente de negócios em Angola mais transparente e previsível, incentivando o investimento sustentável das empresas europeias.

“O acordo prevê melhorias na regulamentação do investimento, digitalização dos serviços públicos e maior envolvimento dos actores económicos. Além disso, pretende beneficiar tanto investidores estrangeiros,  como locais, especialmente micro, pequenas e médias empresas”, afirmou.

Para a diplomata europeia, espera-se que a melhoria do ambiente de negócios impulsionada pelo SIFA desbloqueie investimentos em sectores estratégicos, como energias renováveis, cadeias de valor agro-alimentares, inovação digital, pescas, logística e matérias-primas críticas.

Relativamente ao evento promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal – Angola (CCIPA), em Luanda, a 13 de Fevereiro, declarou ser uma iniciativa que abordou um tema relevante para União Europeia, que integra as práticas ESG na cooperação internacional em diversas geografias.

O evento, disse o presidente da CCIPA, João Traça, surge do diálogo com os associados e da realidade empresarial, reforçada pela publicação, em Junho de 2024, do Decreto Presidencial que aprova o Acordo de Facilitação do Investimento Sustentável entre Angola e a União Europeia.

“Falar de ESG hoje não é uma opção, é uma necessidade. As grandes empresas globais já incorporam estes princípios nas estratégias, os bancos ajustam os financiamentos a métricas sustentáveis. As novas gerações exigem que sustentabilidade e negócios caminhem juntos”, declarou Traça.

Carlos Borges, partner da KPMG, em declarações exclusivas à E&M, disse ser necessário que as empresas angolanas estejam hoje preparadas para desenvolver uma cultura de sustentabilidade.

‘Desafiado’ a indicar sectores com facilidade de incorporar princípios ESG nos processos organizacionais, o partner da KPMG apontou as empresas do segmento financeiro (banca e seguros), assim como as petrolíferas.

Justificou, alegando que as empresas dos segmentos acima são, economicamente, mais robustas e acompanhadas, do ponto de vista regulamentar. Aliás, “têm maior capacidade financeira”. E&M

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