O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, anunciou através da sua conta na rede social X que vai eliminar todas as tarifas sobre produtos fabricados nos Estados Unidos da América, visando estabelecer “relações mutuamente positivas” com aquele país.
Esta decisão surge após Donald Trump ter declarado na semana passada uma guerra comercial global, impondo tarifas a produtos de quase todos os países do mundo. O Zimbabué, que foi atingido com tarifas de 15% sobre as suas exportações para os EUA, figura entre os países menos penalizados na ofensiva comercial norte-americana. Angola, por sua vez, foi afectada com tarifas de 32%, enquanto a China enfrenta taxas de 54%.
Apesar dos EUA não figurarem entre os principais parceiros comerciais do Zimbabué, Mnangagwa justificou a sua decisão afirmando que pretende construir uma relação “positiva e mutuamente vantajosa” com Washington. O valor das exportações zimbabueanas para os Estados Unidos, constituídas quase exclusivamente por tabaco e açúcar, atinge apenas 111 milhões de dólares.
Analistas consideram que esta medida tem carácter essencialmente político, uma vez que, do ponto de vista comercial, beneficia quase exclusivamente os Estados Unidos. Os principais parceiros comerciais do Zimbabué continuam a ser a China, os Emirados Árabes Unidos e a África do Sul.
O Zimbabué torna-se assim um dos primeiros países africanos a ceder às pressões da nova política comercial proteccionista de Donald Trump, que poupou apenas um pequeno grupo de nações, incluindo a Rússia e a Coreia do Norte. NJ

 
                        