Portugal está hoje em Angola com mais de 1.250 empresas que operam no sector da metalomecânica, agroalimentar, do turismo, da energia, da inovação, da formação e formação profissional. De resto, que foi também objecto dos acordos que celebrámos de cooperação, e por isso, Senhor Presidente, eu quero, em nome do Governo de Portugal, transmitir-lhe que a minha presença aqui hoje, e amanhã na Feira Internacional de Luanda (FILDA), junto dos empresários portugueses, será também uma forma de os incentivar a acreditarem neste país, a acreditarem nas oportunidades que aqui se abrem, a acreditarem que arriscar o seu capital, arriscar o seu conhecimento e arriscar a sua qualificação, terá o retorno que naturalmente é esperado e que é para as empresas, mas é sobretudo para os trabalhadores e para a sociedade.
Eu queria que se compreendesse que estes números – uma linha de crédito hoje de 2.500 milhões de euros, trocas comerciais que superam também esse valor …foi o que aconteceu o ano passado, esta quantidade imensa de empresas -, isto não são apenas números, isto é uma realidade, isto é capacidade de fazer e capacidade de produzir, capacidade de gerar emprego e capacidade de oferecer um futuro a muitas famílias de angolanos e também a muitas famílias de portugueses.
E é uma forma de nós valorizarmos aquilo que os poderes públicos podem fazer para que a sociedade aproveite o seu potencial e crie a riqueza que é necessária para dar bem-estar aos seus cidadãos. É esse o nosso projecto para Portugal e sabemos que é esse também o seu projecto para Angola.
Montenegro garante apoio para alavancar investimento público de Angola
Por isso, no final desta manhã de trabalho, quero reafirmar ao Senhor Presidente que, quer no apoio à capacidade de infraestruturar este país e, portanto, de ajudar a alavancar o investimento público do Governo de Angola, quer na capacidade de iniciativa directa das empresas, da iniciativa privada directa das empresas no tecido económico deste país, produzindo para servir este mercado, mas também, e felizmente, para servir os mercados dos países vizinhos, para aumentar também a capacidade exportadora de Angola, através da nossa capacidade produtiva empresarial, a juntar a todos os eixos de cooperação que são transversais às grandes políticas públicas dos nossos governos e a juntar também a cooperação que é ao nível da intervenção em fóruns internacionais e em organizações internacionais, temos comungado e muitas vezes estado juntos, contribuindo para desbloquear conflitos em países, eu posso terminar dizendo que estamos juntos, Senhor Presidente.
Estamos juntos no relacionamento político, estamos juntos na economia, no investimento, no comércio. Estamos juntos na preservação e valorização da nossa língua, da nossa cultura, da nossa capacidade de nos qualificarmos e de nos formarmos.
