Os investimentos prometidos por empresas globais nos Estados Unidos, que somam aproximadamente 1,9 biliões de dólares (1,748 trilhões de kwanzas) desde o início da presidência de Donald Trump, encontram-se agora em risco devido à intensificação da guerra tarifária promovida pela actual administração.

Análise do Financial Times

Segundo análise do Financial Times, apesar de compromissos significativos, como os 500 mil milhões de dólares (456 mil milhões de euros) anunciados pela Apple, numerosas empresas com cadeias de abastecimento internacionais estão vulneráveis às novas tarifas impostas pelo governo americano.

As medidas proteccionistas, direccionadas contra parceiros comerciais como China, Índia e União Europeia, têm gerado um clima de incerteza no ambiente empresarial global.

“A instabilidade criada pelas políticas tarifárias pode transformar os EUA num destino menos atractivo para investimentos de longo prazo”, adverte Teresa Fort, professora de Comércio Internacional do Dartmouth College.

Reacções internacionais

Embora o presidente Trump tente apresentar suas políticas comerciais como bem-sucedidas, a situação revela-se mais complexa. O presidente francês, Emmanuel Macron, e representantes do governo japonês já manifestaram preocupações sobre o impacto das tarifas, que podem desestimular investimentos estrangeiros, particularmente de empresas europeias e japonesas, importantes fontes de capital para a economia norte-americana.

Posições divergentes

Alguns especialistas sugerem que, apesar dos riscos, as tarifas poderiam forçar empresas a investir na produção dentro dos EUA como estratégia para obter concessões de Washington.

Contudo, Scott Lincicome, vice-presidente do Cato Institute, considera que “o aumento nos custos de produção e a consequente desaceleração económica resultante das tarifas podem reduzir o interesse por novos investimentos no país”.

Impactos imediatos

Os efeitos já começam a ser sentidos por empresas como a Stellantis, fabricante dos modelos Jeep e Ram, que suspendeu temporariamente parte de sua produção em resposta às novas medidas comerciais.

Analistas apontam que, embora algumas promessas de investimento realizadas durante a gestão Trump já estivessem planeadas anteriormente, o impacto das tarifas pode atrasar ou reduzir significativamente o volume dos investimentos comprometidos. ED

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