Trabalhadores da Movicel, outrora uma das maiores empresas de telecomunicações de Angola, dizendo que a empresa enfrenta a pior crise desde a sua criação, culminando na perda de mais de 80% de sua base de clientes.

O trabalhadores da empresa atribuem a “morte prematura” da Movicel a uma combinação letal de corrupção, má gestão e práticas de sobrefaturamento, apontando diretamente o dedo para o Presidente do Conselho de Administração, Adilson Miguel Santos, e o Presidente da Comissão Executiva, Antônio Zumbuka Issengue Francisco, como os principais responsáveis.

Funcionários da empresa descrevem um cenário de enriquecimento dos executivos enquanto as condições de trabalho se deterioravam. “Enquanto eles enriqueceram, os trabalhadores ficaram miseráveis e agora correm o risco de ficar em casa sem emprego”, lamenta um dos funcionários afetados pela crise.

Adilson Santos, que já esteve envolvido na falência da AngolaTelecom, enfrenta um processo na Procuradoria Geral da República pelos danos causados a Telecom e, em 2021, foi proibido de deixar o país.

A situação se agrava com relatos de trabalhadores sem receber salários há meses, criando um ambiente de incerteza e desespero. Denúncias de uma cultura de favoritismo e exploração exacerbam o cenário, onde salários são alegadamente distribuídos com base em relações pessoais com a liderança, levando a casos extremos de prostituição e bajulação dentro da empresa.

Frente a esta situação alarmante, a comunidade dos trabalhadores apela à Procuradoria Geral da República (PGR) para uma intervenção urgente na defesa dos seus direitos e interesses.

O Diário dos Negócios continuará a trazer informações e busca a todo custo ouvir os visados.

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