Angola enfrenta um aumento significativo em ataques cibernéticos, com empresas e instituições optando frequentemente por negociar com hackers em vez de reportar as ocorrências às autoridades.

Este comportamento é motivado pela tentativa de evitar a mão pesada das autoridades de protecção de dados e de expor aos clientes vulnerabilidades.

Uma fonte revelou que o número de ataques vem crescendo devido à falta investimentos em protecção de infraestruturas e de dados, corrupção, mas também devido a fraca literacia em segurança digital por parte dos trabalhadores.

Embora os montantes pagos aos hackers variem conforme o tamanho da instituição, a tendência é manter estas operações sob total sigilo.

Recentemente, o Banco Nacional de Angola (BNA) sofreu um ataque cibernético significativo que afetou sua base de dados e serviços essenciais. Este incidente não foi reportado pelo BNA, tornando-se conhecido apenas através de uma publicação no portal Maka Angola. Não foram divulgados detalhes sobre o resgate pago para resolver o problema. O sistema de proteção da rede informática do BNA foi instalado pela empresa Tell IT, parte do Grupo Mitrelli, liderado pelo israelita Haim Taib.

Existem poucos relatos de ataques cibernéticos por parte das instituições em Angola porque estás preferem não divulgar. Uma exceção foi o Ministério das Finanças que, em fevereiro de 2021, comunicou um ataque à sua plataforma tecnológica.

Esta relutância em reportar incidentes cibernéticos coloca em risco não apenas a segurança das informações corporativas e pessoais, mas também a segurança nacional, sublinhando a necessidade de uma estratégia mais assertiva de segurança cibernética no país.

A situação atual exige uma intervenção mais robusta por parte dos serviços de inteligência do Estado, visto que afeta diretamente a segurança nacional.

A fonte também mencionou a prática de contratar empresas baseadas em relações pessoais ou dispostas a pagar comissões, o que compromete a qualidade do serviço e aumenta a vulnerabilidade a ataques cibernéticos.

Em 2023, o setor bancário angolano sofreu vários ataques cibernéticos bem-sucedidos, segundo notícias que circularam em vários órgãos.

Pequenas e microempresas são destacadas como as menos preparadas na proteção de dados dos clientes.

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