O Ministério da Saúde criou cinco centros de atendimento a cólera, nos municípios de Cacuaco (província de Luanda) e Sequele (Icolo e Bengo), com vista a combater a doença, que já provocou cinco mortes.
Os centros foram criados nos hospitais Municipal de Cacuaco, com três, e no Geral “Heróis de Kifangondo”, no município de Sequele, com dois, soube-se, esta quarta-feira, depois de uma visita de constatação do secretário de Estado da Saúde para área Hospitalar, Leonardo Inocêncio.
A visita, explicou o secretário de Estado, visou constatar o evoluir da situação de saúde dos pacientes internados e diagnosticados com cólera e a execução do plano de contingência da doença.
Sobre os 25 pacientes diagnosticados com a doença, dos quais cinco morreram, Leonardo Inocêncio disse que seis já receberam alta médica e os restantes encontram-se estáveis.
Revelou que outras sete pessoas deram entrada no hospital “Heróis de Kifangondo” com sintomas da doença e estão a receber tratamento, tendo assegurado que estão criadas todas as condições para assistência médica e medicamentosa dos afectados.
Sublinhou que a vacinação constitui uma das prioridades do Ministério da Saúde, para além da sensibilização da população com informações sobre o lavar as mãos e higienizar os alimentos, por serem as vias de transmissão.
Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Empresa Pública de Águas (EPAL), Adão da Silva, adiantou que, desde terça-feira última, estão a realizar abastecimento ao domicílio e a efectuar a desinfestação de 17 reservatórios de água com hipocloreto, nos bairros Paraiso e Belo Monte, até agora os mais afectados.
Salientou que a má conservação da água e o seu tempo em reservatório retira qualidade ao produto, enfatizando que a empresa está empenhada em sensibilizar a população sobre as formas correctas de conservarem o precioso líquido.
Recorde-se que a cólera transmite-se por água não tratada, alimentos contaminados, manipulação de alimentos com mãos sujas, entre outras vias. Angop