O anúncio da primeira exportação de 23 toneladas de produtos alimentares de Angola para os Estados Unidos de América (EUA) foi um dos factos noticiosos que marcou a semana da área económica, que termina hoje, sábado.

A iniciativa da empresa angolana de processamento de alimentos “Food Care”, enquadra-se na Lei Americana do Crescimento e das Oportunidades para África (AGOA).

Entre os bens alimentares exportados de Angola destaca-se a fuba de bombo e de milho, catato, kizaca cozida, cogumelos, amendoim (ginguba) e manteiga.

Segundo a conselheira da Embaixada dos EUA em Angola e São Tomé e Príncipe, Mea Arnold, a acção resulta da parceria entre a empresa “Food Care” e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

O AGOA dá aos países elegíveis da África subsahariana acesso isento de direitos ao mercado dos EUA para mais de mil e 800 produtos agrícolas.

A par desse facto, a esta semana também constituiu destaque a apresentação do balanço da primeira fase do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), em curso no país desde 2018, tendo retirado da informalidade mais de 250 mil trabalhadores.

Os respectivos dados foram divulgados pela ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, durante a abertura do primeiro Fórum Internacional de Reconversão da Economia Informal.

Na ocasião, a governante referiu que o PREI permitiu, igualmente, a criação de nove mil postos de trabalho.

Ainda no âmbito do PREI, o destaque recaiu também para os cinco mil operadores que receberam micro créditos, num montante global de cerca de oito mil milhões de kwanzas, segundo o presidente do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), João Nkosi.

No domínio dos transportes, o foco foi para a participação de 15 empresas especializadas na gestão de infra-estruturas aeroportuárias na sessão de apresentação das potencialidades e dos termos de referência para o concurso de concessão da gestão do novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto (AIAAN).

Associaram-se ao evento, companhias da Europa, Estados Unidos, China e da América Latina que, para além de conhecerem o plano estratégico para tornar o novo aeroporto num “hub” (placa giratória), ficaram a saber que a concessão tem um período de 25 anos, extensível por mais 15.

A sessão serviu, igualmente, para que os interessados conhecessem os critérios de elegibilidade, baseados na capacidade financeira, fixada acima dos 150 milhões de dólares.

Nesse sector,  também constituiu manchete a reunião entre o ministro dos Transportes, Ricardo D’Abreu, e instituições financeiras internacionais que “sondam” projectos no domínio dos transportes.

Durante o encontro, os representantes do Deutsche Bank, banco alemão e do DFC-instituição financeira americana, asseguraram a disponibilidade de fundos para contribuírem conjuntamente na construção de projectos estruturantes em Angola, com destaque para os transportes.

No domínio ferroviário, o Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL) anunciou o registo do transporte de 782 mil 700 passageiros, em 2022, contra os 209 mil e 440 da média registada até 2017.

O número de passageiros transportados no ano passado resulta das 16 frequências diárias, operacionalizadas pelos comboios denominados Unidades Múltiplas Diesel (DMU), na carreira normal de segunda à sexta-feira, numa tarifa que varia entre 200 e 2 500 kwanzas.

Outro facto que mereceu realce foi o registo de 100 projectos de investimentos, avaliados em mais de mil milhões de dólares.

Trata-se de projectos virados aos sectores do turismo, indústria, energia e água, saúde, entre outros, que vão contribuir para o crescimento da economia nacional e gerar mais de cinco mil empregos, segundo o presidente da Agência para o Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX), Lello Francisco.

Fonte: Angop

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *