Os patriotas que militam na UNITA concordam que não se pode querer chegar ao poder a qualquer custo, só alguns poucos dirigentes deste partido ainda não perceberam isso. Querer aproveitar o difícil momento que João Lourenço e o seu MPLA atravessam é legitimo e coisa de homens visionários. Até aqui não vemos nenhum problema, é o jogo democrático.
Porém, acontecem, que o líder da UNITA, desesperado por não ter vencido as eleições passadas mesmo com o grande apoio que recebeu dos marimbondos e pressionado por estes, decidiu aproveitar a difícil situação que o país enfrenta para desestabilizar o país e por essa via desalojar João Lourenço. A ambição desmedida cria cegueira, tanto é que ACJ não enxerga o perigo nem as consequências para o glorioso povo angolano, das suas acções.
A UNITA, um partido histórico, que ao tempo de Isaías Samukuva, lutou e logrou êxitos, pela melhoria da educação, saúde, melhor distribuição da renda, reformas no país, não pode aceitar deitar abaixo todas suas conquistas.
A UNITA, como um partido político com uma história rica e uma base sólida de apoiantes, tem um papel importante a desempenhar no sistema democrático de Angola. No entanto, organizar uma insurreição para inviabilizar a governação de João Lourenço é um caminho que poderá ter consequências devastadoras para o país.
A história tem demonstrado que insurreições frequentemente resultam em caos, instabilidade e sofrimento generalizado para os cidadãos comuns. A violência resultante de uma insurreição pode ter efeitos devastadores na economia (já débil), na infra-estrutura e na vida quotidiana dos angolanos.
Além disso, uma insurreição poderia levar a uma resposta ainda mais dura do governo, possivelmente aumentando a repressão e a falta de liberdades civis. Isso poderia criar um ciclo de violência contínua, prejudicando as perspectivas de progresso democrático e desenvolvimento em Angola.
Alternativas Construtivas
Em vez de optar pela insurreição, o líder da UNITA pode adoptar uma abordagem mais construtiva para promover a mudança que tanto fala. Aqui estão algumas alternativas a considerar:
Diálogo e Negociação: A política é, em última análise, a arte da negociação. A UNITA pode trabalhar para estabelecer canais de diálogo com o governo e com todos partidos políticos, a fim de expressar suas preocupações e trabalhar em direcção a soluções conjuntas para os desafios que Angola enfrenta.
Participação Cívica: A UNITA pode fortalecer sua base de apoiantes através do envolvimento activo na sociedade civil. Organizar debates públicos e campanhas educativas pode ajudar a conscientizar as pessoas sobre as questões políticas e mobilizá-las para a acção cívica.
Monitorização Crítica: Em vez de desestabilizar o governo, a UNITA pode adoptar uma abordagem de monitorização crítica. Isso envolve analisar e destacar as políticas e acções do governo que são prejudiciais para a população, oferecendo alternativas construtivas e pressionando por reformas positivas.
Foco nas Eleições: A democracia oferece uma via legal para a mudança política. A UNITA pode concentrar seus esforços em preparar-se para eleições futuras, apresentando candidatos competentes e políticas atraentes que ressoem junto dos eleitores.
Aos patriotas na UNITA, fica o lembrete de que a história nos ensinou que insurreições raramente resultam em soluções duradouras e positivas para os países. A UNITA, como um partido político comprometido com o avanço de Angola, tem a oportunidade de escolher um caminho mais construtivo para a mudança.
