Paweł Raczkowski foi, juntamente com dois assistentes e um VAR, contratado para dirigir uma partida do campeonato grego. No entanto, segundo a imprensa helénica, envolveu-se em confrontos com outras pessoas que estavam no avião que ia de Varsóvia a Atenas. Na manhã de domingo, os responsáveis da liga não o conseguiram localizar, nomeando outro árbitro para o jogo. Raczkowski, citado pela imprensa do seu país, diz que foi “vítima de um adepto bêbado” que estava no avião e que o relato foi “exagerado” pelos jornalistas gregos.
É habitual que o campeonato grego recorra a árbitros estrangeiros para dirigir as principais partidas da competição. Por lá já passaram portugueses, como João Pinheiro, Jorge Sousa ou Fábio Veríssimo. Mas, no AEK – Aris, duelo entre o primeiro e o sexto da tabela, o juiz será Aristotelis Diamantopoulos, um grego.
A razão prende-se com as insólitas últimas horas de Paweł Raczkowski, polaco que, juntamente com dois assistentes e um VAR, foi contratado pelas autoridades do futebol grego para arbitrar o desafio. Para marcar presença no jogo, a equipa de arbitragem polaco apanhou, na noite de sábado, um voo de Varsóvia para Atenas, onde o embate se disputará às 16h00 de domingo. Mas nessa viagem as coisas começaram a complicar-se.
Segundo o relato de diversos órgãos de comunicação social da Grécia, como a “Gazzetta.Gr” ou o “Sport24”, os quatro árbitros consumiram grandes quantidades de álcool desde o começo da viagem. Quando o efeito das bebidas mais se começou a fazer sentir, terão começado a falar de forma pejorativa da Grécia e do futebol grego.
No mesmo voo seguiam, segundo as fontes citadas, cidadãos gregos que vivem na Polónia. Alguns deles, desagradados com o tom dos árbitros, abordaram-nos, tendo aí começado confrontos físicos. As principais altercações foram, segundo a “Gazzetta.Gr”, entre os árbitros e um pai e filho.
Quando o avião aterrou e os passageiros foram recolher as bagagens, os confrontos recomeçaram. Os cidadãos gregos queixam-se que um dos elementos da equipa de arbitragem lhes cuspiu. Um responsável da federação grega, que foi buscar os juízes, teve de intervir para separar a pancada.
Segundo o “Sport24”, o estado de embriaguez dos árbitros foi confirmado por um outro responsável da federação grega, que recebeu os polacos quando estes chegaram ao hotel em Atenas. Já na manhã de domingo, quando dirigentes gregos foram ter com os árbitros, estes tinham desaparecido, não sendo possível localizá-los.
Em comunicado, a federação grega fala de “incidentes envolvendo os árbitros do AEK-Aris”, esclarecendo ter sido “obrigada” a substitui-los por uma equipa grega, liderada por Aristotelis Diamantopoulos.
Ao portal polaco “Matchyki.pl”, os árbitros polacos deram explicações. Citados pela referida fonte, negam a versão relatada pela imprensa grega que, dizem, foi “exagerada”. Os juízes garantem terem sido “vítimas de um adepto bêbado”, que terá cuspido na direção dos polacos. O homem, alega Raczkowski, era fã do Panathinaikos e, de acordo com a defesa apresentada pelo árbitro, jurou “destrui-lo” na comunicação social.
A federação de futebol da Polónia, escreve o “Matchyki.pl”, está a par da situação. A equipa liderada por Paweł Raczkowski terá de dar explicações quando voltar a Varsóvia.
Fonte: Tribuna