O recente ataque cibernético russo à maior operadora de telecomunicações da Ucrânia, a Kyivstar, suscita questões prementes sobre a segurança cibernética global. Se potências como Rússia, China, Coreia do Norte, ou grupos organizados, decidirem alvejar a infraestrutura digital de Angola, estamos preparados para nos defender?
Este incidente na Ucrânia revela que até as empresas que investem significativamente em cibersegurança podem ser vulneráveis. Angola, emergindo na era digital com um crescimento acelerado em telecomunicações e tecnologia, precisa questionar seriamente a robustez de suas defesas cibernéticas. O ataque à Kyivstar, que afetou milhões e teve o objetivo de causar um impacto psicológico e coletar informações, é um lembrete de que a guerra cibernética não conhece fronteiras.
A infraestrutura crítica de Angola, como as redes de telecomunicações, centros de dados e serviços governamentais online, deve ser avaliada à luz desses riscos. Embora as forças armadas da Ucrânia não dependessem dos serviços de telecomunicações da Kyivstar, o ataque ainda assim representa um golpe significativo para a sociedade civil e pode ser uma janela para operações de espionagem e coleta de informações. A situação torna-se ainda mais complexa ao considerarmos a dificuldade de investigar ataques destrutivos, como evidenciado pela destruição da infraestrutura da Kyivstar, o que dificulta a análise e a resposta ao incidente.
Para Angola, a questão não é apenas como reforçar as defesas existentes, mas também como desenvolver uma estratégia de resposta rápida e eficaz para quando ataques ocorrerem. A colaboração com agências internacionais de segurança, o compartilhamento de inteligência e a criação de uma força de trabalho especializada em cibersegurança são passos cruciais para se preparar contra tais ameaças.
À medida que o país avança no desenvolvimento tecnológico, a segurança cibernética não deve ser vista como um luxo, mas como uma necessidade imperativa. O governo angolano e o setor privado devem reconhecer os riscos e trabalhar juntos para garantir que Angola esteja pronta para se defender contra qualquer forma de ataque cibernético que possa ameaçar sua soberania e estabilidade.
