Milhões de dólares continuam a sair do país por meio de um esquema transnacional de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que envolve empresas de fachada com licença para importação e comércio de automóveis e de bens alimentares, sobretudo.
O negócio envolve políticos, empresários e pseudo-empresários que são os responsáveis por fazer o dinheiro chegar aos paraísos fiscais e pela sua distribuição nos endereços indicados pelos beneficiários.
Parte deste dinheiro retirado fraudulentamente do país vem do pagamento de propinas a governantes, pela facilitação na assinatura de milionários contractos com o Estado.
Segundo a fonte, empresas que praticamente não vendem nada, conseguem enviar para fora do país avultadas somas mediante apresentação de facturas falsas. O esquema, pode estar a contar com a cumplicidade de sectores com a responsabilidade de fiscalizar o sector financeiro.
Já no exterior do país, o dinheiro é repassado para as contas dos principais beneficiários ou de pessoas próximas.
Se as autoridades cumprissem cabalmente o seu papel de fiscalizar, descobririam as empresas de fachada importam muito abaixo dos valores que enviam para o exterior. Estas, revelou a fonte, investem na propaganda para dar uma ideia de grandeza o que realmente não são. É provável que autoridades de outros países estejam atentas ao que se passa em Angola o que pode comprometer a imagem do país, ainda na lista dos mais corruptos do mundo, acredita a fonte, que lamenta o facto de o presidente João Lourenço não ter conseguido estancar a corrupção no seu governo.
