Esta terça-feira, 7 de Maio, teve início em Dallas a 16ª Cimeira Empresarial Estados Unidos-África, que se vai estender até quinta-feira próxima.
A honra da abertura formal do evento coube ao Presidente João Lourenço, que representou África na qualidade de Primeiro Vice-Presidente da Assembleia de Chefes de Estado e de Governo da União Africana.
Excerto do Discurso do Presidente João Lourenço em Dallas
Gostaria de começar por manifestar a minha grande satisfação por participar, na minha qualidade de Primeiro Vice-Presidente da Assembleia de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, nesta cimeira organizada pelo Conselho Empresarial sobre África, que tem por objectivo fazer reflexões sobre as oportunidades de negócios e as suas perspectivas entre os Estados Unidos da América e o continente africano.
Permitam-me realçar a oportunidade deste encontro, que ocorre num momento em que os Estados Unidos da América e a África, plenamente conscientes do potencial de que dispõem, têm estado a intensificar o diálogo ao nível institucional, no intuito de reforçar as relações de cooperação bilateral e multilateral, num contexto em que os Estados Unidos, com o seu desenvolvimento industrial, a sua capacidade de inovação tecnológica, e a África, com a sua vasta riqueza em recursos naturais, a sua população jovem e o seu mercado em expansão, posicionam-se como parceiros incontornáveis para juntos enfrentarem os grandes desafios da segurança alimentar, da segurança energética, da defesa do Ambiente, do comércio internacional e da economia global.
As lideranças africanas vêm se esforçando no sentido de alcançar o objectivo de silenciar as armas no continente, combater o terrorismo e as mudanças inconstitucionais de poder e a democracia, criar um bom ambiente de negócios para atrair cada vez mais o investimento privado, para criar riqueza e emprego para as suas populações.
As infra-estruturas de comunicação e informação através de satélites, cabos submarinos, redes de fibra óptica e torres repetidoras para a telefonia móvel e expansão do sinal de internet são de importância vital para o mais rápido desenvolvimento de África.
As nossas Universidades e centros de investigação científica têm todo o interesse em estreitar contactos e trabalhar com as mais conceituadas Universidades e centros de investigação americanos.
Os investidores americanos têm toda a liberdade de investir em todos os domínios das nossas economias onde os estudos de viabilidade lhes garantirem haver retorno e lucros do seu investimento, na indústria, no agro negócio, nas pescas, nos recursos minerais, petróleo e gás, nas rochas ornamentais, na imobiliária, na hotelaria e turismo, nas telecomunicações e outros.
O investimento privado é importante para a economia dos nossos países que precisam de aumentar e diversificar a produção de bens de consumo e serviços, transformar as matérias-primas e diversificar os produtos de exportação.
Um importante vector da relação de África com os Estados Unidos da América é o comércio, no âmbito do qual se têm processado operações com vantagens recíprocas para os Estados Unidos da América e para África, que consegue, por esta via, assegurar receitas consideráveis para a concretização de projectos de desenvolvimento sócio-económico.
Faço votos de que os resultados dos nossos trabalhos sejam devidamente aproveitados para juntos construirmos uma parceria que promova o desenvolvimento económico e social do continente africano e seja, ao mesmo tempo, benéfica para as instituições credoras e investidores privados americanos.
