Quase é a palavra certa para qualificar a prestação de Angola no torneio de andebol. A Selecção Nacional esteve perto de se qualificar aos quartos-de-final dos Jogos Olímpicos de Paris e falhou o objectivo ao consentir a goleada, ontem, por 19-30, com o Brasil. O jogo marcou o encerramento da série B da preliminar. Angola perdia por 6-14, ao intervalo.

As equipas entraram em campo com as angolanas em melhor posição, uma vez que traziam três pontos de uma vitória e empate. As brasileiras estavam em desvantagem pontual, pois tinham apenas uma vitória.

Bastava, por isso, um empate para Angola conservar o quarto lugar do grupo e seguir em frente, mas era preciso jogar o suficiente para deixar as campeãs mundiais de 2013 de fora. No historial de jogos entre os dois conjuntos, registou-se um 29-26 e 28-24, nos Jogos Olímpicos de Londres’2012 e Rio’2016, favorável ao Brasil.

Um golo marcado ao terceiro minuto, em seis de ataques perdidos, mostrou claramente o arranque das Pérolas, comandadas por Carlos Viver. O segundo golo foi marcado à passagem do minuto nove, numa altura em que as brasileiras não exibiam dotes de superioridade.

A selecção campeã africana voltou a marcar, depois dos 20 minutos, quando as brasileiras acreditaram nas facilidades concedidas pelas “irmãs” do continente africano. Em vantagem de 10-2, começaram, cedo, a celebrar a passagem aos “quartos” com alegria nos lábios.

Riam-se a cada golo marcado. Eram cada vez mais, e conseguidos com maior facilidade, pela permissividade defensiva e, também, por um “dia não” da guarda-redes Marta Alberto, na baliza angolana.

O seleccionador nacional esgotou os dois “time outs”, a que tem direito em cada parte do jogo. Debalde, a equipa parecia possuída pelo “espírito da precipitação”. Havia a tendência de se libertar da bola e rematar à primeira linha, sem o mínimo de preparação, o que fez da guarda-redes adversária uma heroína no jogo.

O parcial de 2-0 conseguido na abertura do segundo tempo foi estacado pelas adversárias antes que os adeptos angolanos começassem a perceber a intenção de melhoria. Ao minuto cinco, a pivot Albertina Cassoma lesionou-se e pioraram as “coisas” para o lado angolano, principalmente, no aspecto defensivo, uma vez que ofensivamente a jogadora estava sem produtividade.

A cada ataque, a diferença de golos crescia. Por fim, o treinador brasileiro entendeu oferecer convite à festa a todas as jogadoras do banco e rodou o plantel.

Stélvia Pascoal foi a melhor marcadora angolana, com quatro tentos, seguida por Vilma Nenganga e Chelcia Gabriel que apontaram, cada uma, três.

A Selecção Nacional vai aguardar, agora, pelas “contas” da organização para conhecer o lugar na classificação final da prova olímpica. Jornal de Angola

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