A ascenção de João Lourenço ao poder em 2017 e o corte que decidiu fazer com parte significativa da elite da era de José Eduardo dos Santos, abriu espaço para a formação de outra elite mais leal ao presidente e guardiã dos seus interesses.

Os membros da nova elite não eram miséraveis no tempo de Dos Santos, mas em cerca de 6 anos de governação de Lourenço acumularam riqueza considerável.

A nova elite econômica de Angola é formada, sobretudo, por jovens empresários de origens humildes com estreitas ligações ao poder.

A riqueza acumulada pela nova elite econômica de Angola pode ser atribuída a concessão de contratos lucrativos no sector de infraestrutura, como construção de estradas e desenvolvimento imobiliário, tem proporcionado oportunidades para a acumulação de riqueza.

Relação com o Presidente da República

A relação entre a nova elite económica de Angola e o Presidente da República tem sido objecto de debate e especulação. É importante destacar que, em Angola, o poder político e o poder económico frequentemente se sobrepõem, o que pode resultar em uma estreita ligação entre o sector privado e o governo. Alega-se que alguns membros da elite econômica têm conexões próximas com o Presidente e seu círculo íntimo, o que lhes confere vantagens competitivas e acesso privilegiado a contratos e recursos.

Corrupção e Tráfico de Influência

A corrupção e o tráfico de influência são preocupações relevantes quando se trata da nova elite económica de Angola. Embora seja importante ressaltar que é difícil, por enquanto, aferir o quanto os membros da nova elite estão envolvidos em práticas corruptas, há relatos e alegações persistentes de que alguns indivíduos se envolvem em esquemas ilícitos para obter vantagens comerciais injustas. Essas práticas podem incluir o pagamento de propinas, subornos e desvios de fundos públicos.

Tais actividades prejudicam o desenvolvimento económico sustentável do país, minam a confiança nos sistemas de governança e aprofundam as desigualdades sociais. A luta contra a corrupção e o fortalecimento das instituições de governança são desafios cruciais que Angola enfrenta para garantir que o crescimento económico seja equitativo e sustentável.

Quem são e o que fazem

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