O negócio da compra de 60% do Standard Chartered Bank Angola custou, aos cofres do Access Bank Angola, 10.1 milhões de dólares norte-americanos, de acordo com a informação obtida pelo O Telegrama.

O Banco Nacional de Angola (BNA) acaba de aprovar a fusão entre o Access Bank Angola e o Standard Chartered Bank Angola (SCBA), operação que foi manifestada pelas duas entidades na primeira quinzena de Novembro do ano passado, após a aprovação da Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC), que, em Agosto último, deliberou, por unanimidade, “não se opor ao referido acto de concentração”, considerando que as fusões dos dois bancos “não criam entraves significativos à concorrência”.

Com luz verde do Banco Central, tomada na última segunda-feira (30), que já notificou ao Conselho de Administração e à Comissão Executiva do Access Bank Angola, presidida por Licínio Menezes de Assis e Ricardo Matias Ferreira Petinga, respectivamente, os 40% das acções que o Estado angolano detinha no Chartered Angola, através da Empresa Nacional de Seguros de Angola (ENSA), vão, agora, fundir-se ao Access Angola e estarão diluídos entre 12% a 15%.

Os nigerianos fizeram uma proposta à empresa pública de seguros que, entretanto, recuou nas conversações, argumentando que a proposta o subvaloriza e criava incertezas.

Quanto à compra das acções de Dumilde Rangel, o único “sobrevivente” entre os ex-accionistas do antigo Finibanco Angola, as negociações ficaram encravadas devido a desentendimentos entre os herdeiros.

Entretanto, com a efectivação da fusão autorizada pelo regulador bancário, e tendo em vista o aumento de capital que o Access Bank Angola deverá proceder, os 0,80% que os herdeiros de Dumilde Rangel detêm na unidade local do banco de origem nigeriano serão diluídos em quase nada. A única alternativa será a venda das acções, sendo pouco provável que os herdeiros decidam injectar dinheiro fresco para se manterem na estrutura accionista.

A ENSA, que deverá ter entre 12% a 15%, aguarda por uma luz verde do IGAPE – Instituto de Gestão de Participações do Estado-, relativamente à alienação dessas acções.

O negócio da compra efectiva de 60% do Standard Chartered Bank Angola foi fechado a 4 de Outubro de 2023, tendo as partes informado o mercado três meses antes (Julho), após a assinatura do contrato de promessa. O montante da aquisição não foi revelado, mas O Telegrama sabe que os nigerianos desembolsaram pouco mais de 10 milhões de dólares norte-americanos. OT

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