A semana termina com dois acontecimentos notáveis, que têm a cabeça o empresário e político angolano Elias Piedoso Chimuco, conhecido pelas suas contribuições filantrópicas.

Chimuco inaugurou um centro infantil em Menongue e reinaugurou a Universidade Independente de Angola, recentemente adquirida por si. Apesar do acto que tem sido objecto de elogios, notícias sobre a proveniência dos fundos usados para a compra da universidade e a forma como está a decorrer o negócio têm levantado questionamento.

De acordo com informações do site Lil Pasta News, Chimuco está a adquirir a instituição por meio da Fundação Piedoso, da qual é o patrono. O pagamento de 20 milhões de euros será realizado em duas partes: uma em Angola e outra em território europeu, conforme documentos citados pela fonte, que refere-se a ao empresário Elias Piedoso Chimuco, como o maior devedor do “problemático” banco BPC. A dívida ultrapassa os 400 milhões de dólares norte americanos e outras fontes indicam que foi feita sem respeito as normas, numa altura em que o seu amigo Paixão Júnior era o PCA do banco.

O membro do Comité Central do MPLA e ex  deputado, foi recentemente acusado de envolvimento em fraudes de reclamação de dívida pública, ultrapassando 200 milhões de dólares, conforme relatado pelo portal Maka Angola, que detém mais de 60 documentos evidenciando o esquema.

Apesar das suas iniciativas de caridade e apoio ao desenvolvimento social, as ações de Chimuco têm sido escrutinadas devido a esses alegados atos de corrupção. As denúncias apontam para uma facturação fraudulenta de dívida pública favorecendo o Grupo Chicoil, com a cumplicidade de certos agentes públicos.

Este caso realça o contraste entre os atos de benevolência do empresário e as acusações que mancham sua reputação.

Os escândalos de corrupção envolvendo Chimuco e suas empresas ressaltam a necessidade urgente de transparência e integridade nos negócios e na política em Angola. Enquanto algumas famílias beneficiam de suas ações filantrópicas, outras questionam a origem dos fundos utilizados para tais obras. A sociedade angolana espera que as autoridades conduzam investigações aprofundadas e que a justiça prevaleça, assegurando que as bem-feitorias não sejam ofuscadas por práticas corruptas​​.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *