A gestão e produção de cereais na Fazenda Samba Lucala, no Cuanza-Norte, passa para a responsabilidade do Instituto de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (FAA), com vista a suprir as necessidades alimentares dos efectivos e diminuir as importações.

A transferência da gestão da  fazenda, da Gesterra para as FAA, é o resultado de um protocolo entre os ministérios da Agricultura e Florestas e o da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, com o objectivo de desenvolver projectos agro-pecuários e industriais para processamento de alimentos destinados às unidades militares.

De acordo com o responsável do Centro de Investimentos do Instituto de Segurança Social das FAA, Fábio Belo, além da alimentação da tropa, o excedente da produção estará virado ao mercado.

Em declarações à imprensa, a propósito da visita à fazenda dos ministros da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assiz, e dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria,João Ernesto dos Santos, pontualizou que a produção será assegurada por ex-militares e desmobilizados das FAA.

Fábio Belo explicou que essas acções  enquandram-se nos objectivos do Executivo angolano, plasmados no Plano Nacional de Desenvolvimento 2023/2027.

A Fazenda Samba Lucala tem o maior projecto de produção, em grande escala, de milho e soja, na província do Cuanza-Norte.

A infra-estrutura, com mil 300 hectares, contou com um investimento público de USD 54,6 milhões e tem capacidade de produção de 30 mil toneladas/ano de soja, feijão e milho.

No Cuanza-Norte, as FAA vão investir também na avicultura, em 20 naves com capacidade para criação de três mil pintos cada.

Além da Samba Lucala, informou, o Instituto de Segurança Social das FAA tem já em produção no país duas grandes fazendas, uma em Camacupa (Bié) e outra no Cuando Cubango.

No Bié, a fazenda tem mil 070 hectares de milho plantados e em fase de colheita na presente campanha agrícola e  mil 500 hectares de trigo a serem plantados.

Na fazenda de Manquete, no Cuando Cubango, foram cultivados 200 hectares de feijão e 600 de arroz, em fase de colheita.

Com estas fazendas, esclareceu, já se tem introduzido a produção nacional na dieta alimentar das FAA.

Fábio Belo apontou a produção de carne, fuba de milho, arroz e feijão como os principais alimentos definidos no Plano de Desenvolvimento Nacional pelo Ministério da Defesa Nacional.

Disse que no país existe grande necessidade de alimentos para os efectivos das FAA e que a produção afigura-se como prioridade do Instituto de Segurança Social das FAA para suprir esta carência, que actualmente é preenchida com a importação, com elevados custos para o Estado angolano.

O Instituto de Segurança Social das FAA conta com mais de 80 mil assistidos, entre ex-militares, desmobilizados, viúvas e órfãos.

O administrador executivo da Gesterra, Eduardo Barros, informou que a empresa vai continuar na região de Samba Lucala a infra-estruturar terrenos para a execução de grandes projectos agrícolas, com vista ao aumento da produção nacional e redução das importações.

Fonte: Angop

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