Os recados deixados a João Lourenço, quer pelo enviado de Putin como pelo enviado de Biden, revelam novas disputas entre as duas potências pelo controlo de Luanda. João Lourenço está entre duas espadas e qualquer movimento pode trazer consequências imprevisíveis para o país.

O coordenador especial de Joe Biden para infraestruturas globais e segurança energética, Amos Hochstein, defendeu que Angola deve escolher empresas que assegurem comunicações seguras e estáveis, face à necessidade de protecção de dados e aos ciberataques, alertando também para a armadilha da dívida.

Amos iniciou na quarta-feira uma curta visita de 48 horas a Angola, que incluiu encontros com o Presidente angolano, João Lourenço, e a comunidade empresarial norte-americana, bem como os ministros da Energia e Águas, Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social e dos Transportes.

O recado, deve-se ao facto Angola ter desenvolvido um programa espacial com os russos que neste momento estão em guerra fria com os americanos.

Em recente viagem que efectuou a Angola, o responsável pela política externa russa, Sergey Lavrov, fez uma viagem no tempo e lembrou como a ex-URSS foi essencial para o MPLA.

A disputa dessas potências pelo alinhamento de Luanda, coloca João Lourenço sob pressão permanente. De acordo com analistas, um alinhamento tácito com qualquer dos lados, pode colocar o país numa situação complicada.

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